A família de Flavia estava ali. Me assustei, mas depois fui até a recepção.
- Oi.
A moça me olhou, já estavam acostumados com minha presença ali.
- Em que posso ajuda-lo senhor?
- Eu queria saber se uma amiga minha ta internada aqui.
- Qual o nome?
Falei o nome inteiro de Flavia pra ela. A jovem começou a mexer no computador e depois disse.
- Está sim senhor.
Flavia internada, mas por que?
- Pode me dizer o quarto?
- 123.
Lembrei do enfermeiro dizendo esse nome, como doadora.
- Não, acho que a senhora se enganou.
- Não, é esse quarto mesmo.
Agradeci e sentei ali mesmo, numa cadeira de espera. Meu pensamento ficou a mil. Flavia tinha doado pra Juliana? Me senti imensamente agradecido e parei pra pensar nela. Fazia algum tempo que não via ela. Ela tinha doado pra Juliana, quem justamente tirou a chance dela de viver comigo. Ela me amava, mas Juliana sempre esteve a frente dela, e Flavia sabia. Me levantei e segui até uma floricultura que tinha no hospital. Comprei um buque bonito pra ela e depois bati em seu quarto. Uma menina bonita, que logo reconheci com sua irmã gêmea apareceu. Elas era muito parecidas, mas não idênticas. Ela se assustou comigo.
- Pois não?
- É... Fiquei sabendo que a Flavia está aqui, posso falar com ela?
- Entra. - Ela me deu passagem e eu entrei sem graça. Vi sua irmã sair do quarto, nos deixando sozinhos. Ninguém sabia que nos conhecíamos.
Flavia me olhou surpresa.
- Luan?
- Oi. - Sorri. - Pra você. - Me aproximei dela e lhe entreguei.
- Obrigado, são lindas. Como me encontrou aqui?
- Vi sua mãe lá fora e perguntei na recepção. O que faz aqui? - Queria ver se ela me contaria.
- Nada demais. Passei um pouco mal quando vim visitar minha mãe e vim parar aqui.
Respirei fundo, e senti algumas lagrimas caírem.
- Obrigado. Eu não nem o que te dizer. Obrigado pelo que fez por ela. - Ela entendeu.
- Eu não fiz por ela, fiz por você. - Ela sorriu.
Me aproximei e abracei ela com medo de machuca-la.
- Como descobriu?
Contei pra ela.
- Espertinho. - Ela limpou minhas lagrimas.
Me sentei na cama no lado dela.
- Por que não ia me contar?
- Por que não. Eu não quero que ela saiba.
- Eu não vou dizer. - Sorri.
- Por que não me contou que ela estava doente? Eu teria te ajudado.
- A gente não se falou mais. E eu não pensei muito.
- Quando fiquei sabendo, vim fazer o exame e deu compatível. E eu não podia deixar de doar. Mas eu poderia ter te dado um apoio maior se soubesse Luan.
- Você é incrível. Tem todos os motivos pra não gostar dela mas mesmo assim...
- Eu não tenho motivos pra odia-la. Você escolheu ela Luan.
- A gente ainda não ta junto.
- Mas por que? Está perdendo tempo.
- A gente ia devagar, lembra? Mas dai ela descobriu a doença, e eu não quis voltar com ela doente. Por que ela podia ficar pensando depois que era por causa disso. Eu não quis isso.
- Mas estão bem pelo menos? - Ela pegou na minha mão.
- Estamos! A gente ficou esses dias. Matamos a saudade um pouquinho. - Sorri.
- Isso é muito bom. Mas quando voltam pra valer?
- Assim que ela sair desse hospital quero fazer uma coisa legal pra gente.
- Isso é muito bom. E planeja, por que logo ela ta saindo daqui hein?
- Verdade, tenho que começar com isso! E você? Como está?
- To bem.
- Mas e a vida? Pegando muito? - Rimos.
- Alguns por ai. - Ela sorriu de uma forma bonita.
- E esse sorriso? Sei não hein? - Ri dela. - Tem alguém especial.
- Tem. - Ela admitiu rindo. - Conheci um cara, ele é incrível. Mas ainda estamos nos conhecendo, e só estou afim dele, não é paixão.
- Se ele for uma pessoa legal, espero que dê certo. Você merece toda a felicidade do mundo.
- Assim como espero que dê certo pra você e pra Ju.
- Vai dar.
- E o Pedro com essa historia toda?
- Ele sabe que ela está doente estudo mais, mas ele não tem noção, tem só 4 anos.
- Ele ta na escolinha?
- Ta, ele começou esse mês que começou as aulas né? Mas ta indo daquele jeito, por que eu fico correndo com Ju quando não to trabalhando, dai acontece alguma coisa ele vem comigo ou faz birra pro meu pai em Londrina e não vai, hoje mesmo ele ta ai.
- Que complicado isso Luan.
- Demais, mas acho que agora acabou. Graças a vocês.
- Eu pensei tanto em você quando te vi na TV falando do transplante.
- É difícil demais Flavinha.
- Eu imagino. Mas você ta se cuidando?
- To, to sim muié.
- Você emagreceu né?
- Um pouquinho.
- Eu percebi. - Ela sorriu.
- Mas ta tudo certinho comigo muié.
- Bom mesmo. - Rimos.
- Fla, eu acho que vou nessa. Eu tava indo comer quando descobrir e acabei no seu quarto. - Rimos. - E ainda tenho que ficar com a Ju.
- Vai lá. Não conta pra ela por favor.
- Não vou contar.
Bateram na porta e eu levantei. Abri e um homem alto me olhou assustado.
- Ahn... É o quarto da Flavia?
- É sim. Entra... - Ele trazia na mão um embrulho pequeno e um buque de flores. Acho que sabia quem era.
Ele foi até ela e lhe deu um abraço. Fiquei olhando, e então ela piscou, confirmando minhas suspeitas. Era a tal pessoa especial. Sorri.
- É, eu vou indo Flavia.
- Tchau Lu, vê se aparece antes de ir embora.
- Eu venho te ver amanhã.
Me aproximei, abracei ela forte e agradeci novamente. Ela agradeceu pelas flores.
- Força. - Ela disse apertando minha mão. - Fica bem e se cuida.
- Você também. Vou me cuidar. E obrigado de novo.
Dei um beijo na sua testa e dei um aperto de mão no rapaz. Sai do quarto dela e fui comer.
Surpresas? Vocês adivinharam meu kkkkkkk Aff, vou mata hein? Amores, eu não venho amanhã, só segunda. Vou pro DVD kkk Se tiver 8 opiniões eu posto amores... Gostaram? Vocês fazem essa historia. Quem gostou, clica no G+1 ali em baixo e ajuda a fanfic a crescer e tal. Obrigado... E não se esqueçam, fiquem a vontade pra dar opiniões, dicas, sugestões, criticas construtivas e tudo mais, desde que tenha educação e boa intensões eu aceito de boa viu? Identifiquem-se. Um beijo, espero que gostem, eu volto logo... Grupo do face pra notificações: aqui!